quinta-feira, 16 de maio de 2013

4a. GERAÇÃO - AMADOR BUENO DE RIBEIRA "O ACLAMADO"






AMADOR BUENO DE RIBEIRA " O ACLAMADO " 




         AMADOR BUENO DE RIBEIRA 

                                                





                                         

AMADOR BUENO DE RIBEIRA

( 1584 - 1649 )


              AMADOR BUENO «DE RIBEIRA» - O Aclamado (c.1584, São Paulo, SP - depois de 1649). Capitão-Mor e Ouvidor da Capitania de São Vicente (1627). Foi aclamado rei, em São Paulo, em 1641 pelo poderoso partido formado de influentes e ricos castelhanos, como foram

               Os três Rendons da cidade de Coria; - Dom Francisco de Lemos, da cidade de Orens; Dom Gabriel Ponce de Leon, nat. de Guaira; Dom Bartolomeu de Torales, de Vila Rica do Paraguai; Dom André de Zunega e seu irmão Dom Bartolomeu de Contreras y Torales; Dom João de Espínola Gusmão, da Provincia do Paraguai, e outros que subscreveram o Termo de Aclamação “ em 1.º de Abril de 1641.

                      Não só recusou essa honra, que queriam conferir-lhe, mas ainda, com a espada desembainhada, deu vivas, como leal vassalo, a dom João IV rei de Portugal, em quem restaurou-se a monarquia portuguesa, depois de 60 anos de sujeição ao domínio dos reis de Castela.

                     Por esse ato e por outros serviços que prestou à pátria, legou um nome imorredouro a seus descendentes e recebeu carta de el-rei agradecendo esse ato de lealdade (Silva Leme).

                     Foi um dos paulistas da maior estimação e respeito, assim na pátria, como fora dela. Teve grande tratamento e opulência por dominar debaixo de sua administração muitos centos de índios, que de gentio bárbaro do sertão se tinham convertido à nossa fé, pela indústria, valor e força das armas, com que os conquistou AMADOR BUENO em seus reinos e alojamentos. Ocupou AMADOR BUENO os honrosos Empregos da República a sua Pátria, tendo as rédeas do Governo dela repetidas vezes; e sempre o primeiro voto nos acórdãos do bem público e do serviço do rei. Foi Ouvidor da Capitania de São Vicente, e na Câmara desta Vila, como Cabeça de Comarca, tomou posse a 11.02.1627.

                     E neste mesmo ano pediu de Sesmarias umas terras que se lhe concederam, e na súplica relata haver feito muitos serviços a Sua Majestade, e haver acudido com suas armas e escravos em todas as ocasiões de inimigos à Vila de Santos, sempre à sua custa.

                     Do livro 13.º de sesmarias, consta que em 31.03.1627 obtivera AMADOR BUENO carta de data de uma légua de terras nos campos de Juquery, que lhe foi passada pelo Capitão-Mor Álvaro Luiz do Valle, Lugar-Tenente do Donatário, por motivos alegados na seguinte petição:

                        « Diz AMADOR BUENO, morador na villa de São Paulo, que elle em todas as ocasiões que se ffereceram do serviço de Sua Magestade e defensão d'esta Capitania, em occasião de inimigos, acudio com seus indios e escravos, assistindo n'esta villa de Santos á sua custa, e ora está servindo de Ouvidor d'esta Capitania de São Vicente por provisão do Conde de Monsanto, Donatário d'ella, acudindo á todas as obrigações do dito cargo, indo de uns Juizos para outros, com muito gasto de sua fazenda, sem haver ordenado nem estipendido algum com o dito cargo, e é casado e assistente na Villa de São Paulo e tem muitos filhos e filhas, sem ter terras onde os poder accommodar e fazer seus mantimentos e trazer suas criações, e ora no termo da dita Villa de São Paulo, nos campos de Juquery, ha alguns capões e restingas de mattos maninhos devolutos, para a banda do sertão. Pede a Vossa Mercê que, attendo o que allega, etc. etc.».

                         Foi Provedor e Contador da Fazenda Nacional da dita Capitania por provisão de Diogo Luiz de Oliveira, datada na Bahia a 06.12.1633, de cuja ocupação tomou posse em Santos, que lhe deu Pedro da Motta Leite, Capitão-Mor Governador da dita Capitania, a 27.04.1634 (Pedro Taques).

                         Deixou numerosa descendência do seu casamento com BERNARDA LUIZ, filha de Domingos Luiz, «o Carvoeiro» e de Ana Camacho (Referências: (SL) - Silva Leme, I, 419; (Pedro Taques) - Pedro Taques, Nobiliário Paul., I,75);




" As terras doadas pelo Rei de Portugal à AMADOR BUENO, seriam hoje o " BAIRRO CASA VERDE " em São Paulo " .








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